Retrospectiva: Cena brasileira de jogos de luta – Parte 2!

Continuando com a restropectiva, vamos falar agora de 2014 até os dias atuais.

2014: O ano começou logo de cara com um Revox acontecendo em Janeiro (o último, alias), que foi um dos maiores torneios do ano e que contou com diversos jogadores do país. Entretanto, esse foi um ano relativamente fraco para os jogos de luta. O FNF estava mais forte do que nunca, com corujões agora contando com jogos antigos como Street Fighter 2, Street Fighter 3 e Capcom vs SNK 2, e eles fizeram até mesmo o FNF championship series, que foi um torneio que aconteceu em Abril, teve 4 dias de duração e que contou tanto com jogos clássicos quanto com jogos novos. Eu até levei um bolo para o evento para celebrar o mesmo.

Foi o ano também da Liga Get Ready, que contou apenas com Street Fighter IV (e teve uma quantidade bem pequena de jogadores se comparada com os circuitos mini versus dos anos anteriores). Embora tenha tido um Versus TNT, foi nesse ano que o Portal Versus começou a decair de vez, com boa parte dos jogadores migrando para o Facebook.

Esse ano também foi marcado pelo fato de que não teve um Treta, e isso foi um grande problema pois deixaram para confirmar apenas em Setembro (que é quando o torneio devia acontecer). O Heaven or Hell aconteceu como de costume (e que novamente foi um sucesso), e o destaque do ano foi o torneio Cacomp 7, que aconteceu em Brasília e trouxe o jogador Dieminion para o mesmo. Foi nesse ano também (em Setembro) que foi fundado o CounterHit, que atualmente é um dos maiores sites de jogos de luta do Brasil.

Durante a Brasil Game Show, foi realizado também um torneio de Street Fighter, e com esses pontos (somados com as qualificatórias online), o ChuChu conseguiu se classificar para a Capcom Pro Tour daquele ano.

2015: Acho que foi aqui que as coisas meio que despencaram de vez. Logo no começo do ano foi divulgado o Get Ready Tournament, que ia acontecer em Setembro, e isso deu uma Treta Maligna pois o Treta (viu o que eu fiz ai? Há) disse que Setembro era o mês reservado para eles… mesmo no ano anterior eles não tendo feito nada. A comunidade se dividiu ao meio entre “apoiadores do Treta” e “apoiadores da Get Ready”, mas no fim o Treta concordou fazer o evento deles alguns meses depois. O movimento do FNF começou a decair, e o pessoal do Hit Confirm decidiu acabar com os torneios bimestrais para fazer um Semestral chamado de Hit Confirm Tournament Series. O que manteve a chama viva no quesito “jogatina offline” foi a loja WWArcade, que começou a fazer torneios semanais de Street Fighter IV.

O CounterHit começou a crescer nesse ano, e desde então estão cobrindo diversos torneios que acontecem e jogos que são lançados, mas isso ainda não ajudou a criar mais torneios Brasil afora. Mesmo com todos esses problemas, aconteceu um torneio qualificatório da Capcom Pro Tour na Brasil Game Show 2015 e o Heaven or Hell 2016, ambos com participação japonesa. No torneio da Capcom, Pepeday e Haitani compareceram para tentar garantir a vaga, mas foram derrotados e o Keoma foi quem se classificou. No Heaven or Hell houve um financiamento coletivo e conseguiram trazer o jogador Ruu de Guilty Gear e os jogadores Rosha, Akki e Raku-chan de Melty Blood. Teve também o Treta 2015, que dessa vez contou com jogos que não eram de luta.

Vou encerrar por aqui, depois faço de 2016 quando o ano acabar. Até mais!

Retrospectiva: cena brasileira de jogos de luta – Parte 1!

Tava pensando na vida e em tudo que aconteceu na cena de jogos de luta, e resolvi fazer uma restrospectiva de tudo que lembro desde que comecei a jogar no final de 2009. Irei ao máximo tentar falar mais da cena do que de mim.

Meados de 2007-2008: O site Portal Versus é fundado por Trancas, Glauco, Azis e Fort.

2008: O evento EVO South America é realizado dentro da Anime Friends.

2009: Street Fighter IV, BlazBlue e Tekken 6 são lançados nesse ano, Anime Friends é novamente a sede do (último) EVO South America.

2010: Devido ao sucesso gigantesco de Street Fighter IV, o Portal Versus começa a se tornar um site extremamente forte com diversos colaboradores. Em Janeiro acontece o torneio Versus Rio, no Rio de Janeiro, com o foco principal sendo o recente Street Fighter IV. Em Abril (no dia da Páscoa) o Eloy Malaco (aka Zetta) organiza um churrasco em sua casa chamado de Street Churras, aonde o pessoal poderia levar jogos de luta para jogarem juntos. É organizado um torneio (que o jogador Eric Moreira vence) e algumas pessoas começam a discutir a criação de mais torneios. Nos meses seguintes é fundado a série de torneios Mini Versus Sampa (que depois vem seguido do Mini Versus Rio), que são torneios organizados pela equipe do Versus comandada pelo Paulo Dias (aka BlackRush) e que aconteciam no arcade Venon, localizado na região da praça da Sé. Após algumas edições, o time de eSports CNB começa a assinar contrato com jogadores, e dois dos primeiros foram o Eric Moreira (agora conhecido como ChuChu) e Diego Raposo (aka House). Após algumas edições, a Venon começou a passar por problemas financeiros e literalmente na semana de um evento ficam sabendo que a loja não poderia sediar o campeonato, e num ato desesperado conseguem o contato de uma loja em Osasco, que inclusive FRETOU um ônibus para levar e trazer o pessoal da Praça da Sé. Essa loja era a WP Games, e seu dono era o Wallas Pena.

No meio do ano, as comunidades de Guilty Gear e Street Fighter 3 brasileiras resolvem se juntar para formar um novo site, o Hit Confirm, que anuncia o retorno do torneio Heaven or Hell para a segunda metade do ano (focado em jogos da Arc System Works e em Street Fighter 3). Logo em seguida, a World Cyber Cup (liga da Samsung de eSports) realiza um evento em São Paulo com Street Fighter, e depois a ESL (Electronic Sports League) realiza outro valendo vaga para as finais mundiais na França. Embora tenha tido algumas dificuldades no meio do caminho, ambos os eventos foram um sucesso, e Bruno Fighters (campeão da ESL brasileira) teve a chance de competir contra nomes como Infiltration (que até então era um “Zé Ninguém”) e Justin Wong. O Heaven or Hell também acontece e começa a estabilizar uma cena de jogos anime no Brasil, e no Paraná acontece um torneio de Street Fighter IV conhecido como Treta. Nesse período, o Paulo Dias chega para mim e me pergunta se eu desejaria fazer parte da equipe de torneios do Versus. Ele aceita e sabendo do meu interesse em BlazBlue e do meu contato com o pessoal do Hit Confirm ele pede para a gente se encontrar um dia na estação Conceição pois tinha uma loja da região que queria organizar torneios de jogos de luta e eles queriam fazer um Mini Versus de BlazBlue por lá. A existência dessa loja até então era para ser um segredo meio sigiloso, mas foi assim que começou o contato com a X-Revolution.

2011: O ano começa a todo vapor com o evento Versus Sampa em Fevereiro na WP Games. Nessa mesma época estava tendo no Brasil todo o movimento Jogo Justo, que visava tornar a situação do mercado de jogos brasileira melhor, e o Versus foi um dos sites que deu apoio ao movimento (até ele começar a decair). No primeiro semestre aconteceu o lançamento de Marvel vs. Capcom 3 e de Mortal Kombat 9, e a cena desses jogos cresceu numa velocidade absurda, com diversos torneios acontecendo para eles e para Street Fighter IV (que tinha seu próprio circuito do Mini Versus Sampa), e lá pelo meados de Maio aconteceu o primeiro Versus TNT na X-Revolution, aonde seu dono (Rogerio Mendes Caramelo) reformulou o segundo andar inteirinho da loja só para torneios de jogos de luta (e depois de Futebol). No meio do ano, o pessoal do Melty Blood resolveu fazer um “torneio corujão” na X-Revolution, mas tirando isso foi um ano bem fraco para jogos de luta anime, tendo inclusive diversas reclamações da falta de atenção aos mesmos por parte dos organizadores de torneios, e a ausência de um Heaven or Hell naquele ano não ajudou muita coisa.

No segundo semestre eu conversei diretamente com o Paulo e com o Wallas para fazer um torneio focado apenas em jogos anime e em Street Fighter 3 para acontecer no final de 2011. Eu lembro que as negociações não deram muito certo e o torneio não saiu do papel (não lembro ao certo o que aconteceu, acho que eu queria rodar 5 jogos em dois dias e eles queriam 3 jogos em um dia, algo assim, e como eu era cabeça dura na época eu não aceitei a oferta). Nesse mesmo período, o Wallas fez o que muitos na época acharam que era uma loucura (mas uma loucura que até hoje somos gratos por ela): anunciar um torneio em Hotel, sem patrocínios, com ele financiando tudo e trazendo jogadores internacionais (JSMaster do Canadá e Tom Brady dos EUA) para o mesmo, com a data marcada para começo de 2012. Em Curitiba acontecia numa loja local o Treta 2011, um torneio que estava crescendo muito. No final desse ano, o Caramelo quis organizar um torneio da casa X-Revolution, e assim surgiu o primeiro Revox, aonde eu convenci o Paulo a colocar BlazBlue (com a condição de eu rodar sozinho o torneio) e foi quando a cena de jogos anime começou a ser mais ativa de novo no estado.

2012: Chegou o grande ano, o ano da WP CUP! O evento aconteceu em Janeiro, e embora o Tom Brady infelizmente não tenha comparecido por causa de problemas familiares o torneio foi um ENORME SUCESSO, foi UM SONHO REALIZADO, foi o “ME BELISCA QUE EU NÃO TO ACREDITANDO QUE ISSO É A VIDA REAL!”. O pessoal do Versus, WP Games, X-Revolution e diversos outros se uniram para tornar isso uma realidade, e nesse momento a cena começou a ter destaque internacional. Entretanto, logo depois do evento o Wallas fechou sua loja em Osasco para seguir com sua carreira de músico, e em Fevereiro eu sai da equipe do Versus por achar que eles não davam foco em diversos jogos de luta e logo em seguida em Abril montei a equipe do Madness junto com Ramon Aquino, Augusto Neto (Aka Purin) e Lucas Shimizu) para rodar torneios de jogos anime e 3D. Em março daquele ano fui ao evento Final Round em Atlanta (o segundo maior torneio dos EUA), e lá fiz uma entrevista com Seth Killian aonde ele revelou os planos da Capcom de fazer um torneio gigantesco no segundo semestre daquele ano no Brasil, e fiz uma entrevista com o jogador de jogos anime Lord Knight (que na época era dito o melhor dos EUA), e perguntei sobre o interesse de vir ao Brasil. Ainda em Março, fiz meu último torneio como parte da equipe do Versus, que teve em sua line-up Ultimate Marvel vs. Capcom 3, BlazBlue e Melty Blood, depois disso eu segui em frente com o Madness fazendo torneios mensais (intercalando entre torneio de jogos anime e torneio de jogos 3D) e o Versus seguiu com os mini Versus, todos na X-Revolution. Ainda no começo do ano o Soul Calibur Brasil realizou o primeiro torneio de Soul Calibur V (jogo que tinha acabado de sair).

No final do primeiro semestre, um grupo de jogadores de Marvel se inspiraram num torneio americano semanal (o WNF, Wednesday Night Fights) e resolveram fazer um corujão toda sexta feira na X-Revolution, que eventualmente foi conhecido como FNF (Friday Night Farofa), que foi um evento extremamente bem movimentado por anos e que existe até hoje. Nesse mesmo período, o pessoal do Hit Confirm conseguiu um contato maior com o Lord Knight, e começaram a fazer um financiamento coletivo para trazer o jogador ao Heaven or Hell 2012 (que aconteceu em Julho), e conseguiram. Além disso, a Capcom anunciou formalmente seus planos para um torneio de aniversário de 25 anos de Street Fighter na Brasil Game Show 2012, e contratou o Trancas para ser o gerente de comunidades brasileiro, e isso aconteceu na mesma época que estavam ocorrendo os preparativos para o Treta 2012, que estava marcado para acontecer em Curitiba no auditório do Museu Oscar Niemeyer. Dois grandes nomes do jogos de luta internacional vieram a AMBOS os eventos: Tokido (um dos cinco deuses japoneses do Street Fighter) e GamerBee (Taiwanês que começou a fazer sucesso depois que pegou Top 8 na EVO 2010 em Street Fighter IV). O torneio da BGS foi um grande sucesso, com o jogador Breno Fighters vencendo o Tokido nas finais e se qualificando para as finais em São Francisco, mas que infelizmente não pode comparecer por ter visto negado, e a Capcom prometeu que iria trazer o campeão desse torneio para o Brasil para competir com ele. O Treta também aconteceu, mas com diversos problemas administrativos (incluindo forçar jogadores de marvel a jogar de madrugada até as 5 da manhã para depois terem que jogar as finais na manhã do dia seguinte) que fizeram eles perderem o apoio da prefeitura de Curitiba, mas mesmo com isso o Treta se consolidou como o maior torneio de jogos de luta do Brasil. No fim do ano aconteceu o Versus Brasil 2012 no Rio, aonde o jogador Justin Wong foi convidado para vir mas não conseguiu por problemas com visto.

2013: Esse ano começou COM TUDO com o Revox 2013 acontecendo em Janeiro, que não só foi o primeiro torneio brasileiro a fazer parte da Road to EVO, como também a Capcom trouxe o Infiltration (campeão do torneio de 25 anos de Street Fighter) e Laugh (seu parceiro de treino) para o campeonato! Nesse período o pessoal do Hit Confirm resolveu fazer um evento chamado “Master of Weeaboo: Ruler of Farofa” focado em jogos anime, e como eu tava desanimado com a cena desses jogos eu deixei para eles a tarefa de fazer esses torneios e foquei apenas em jogos 3D com o Madness. Nessa mesma época o Paulo Dias juntamente com o Pedro Ferraz (Hardc0re) e Eduardo Kiss ja tinham fundado a empresa de eventos Get Ready, e os torneios do Versus começaram a diminuir, sobrando apenas o Versus TNT. Embora o FNF ainda estivesse ativo a todo vapor, os torneios mensais começaram a decair, e até o fim do ano só sobrou o Master of Weeaboo.

Nesse ano a Capcom começou a Capcom Pro Tour, e o Treta 2013 (que nesse ano precisava recuperar sua reputação do ano passado) foi selecionado para ser um torneio que daria vaga direta ao evento. Com isso, os jogadores Ryan Hart do Reino Unido e Sakonoko (um dos deuses japoneses) confirmaram que iriam participar do evento. O torneio foi em Hotel, contou com diversos jogos e foi um grande sucesso, com Sakonoko levando a vaga para a Capcom Pro Tour (e eventualmente vencendo a mesma). Nesse ano teve também o Heaven or Hell 2013, que contou com torneios de todos os jogos da Arc System, de Melty Blood e de Street Fighter 3.

Mais tarde publico a parte 2 que vai de 2014 a 2016!

Regarding Smash 4 at EVO

I know this discussion is a bit old already, but I feel I need to take this off my chest.

First of all, let me say that this is from the perspective of someone outside of the Smash community. I’m not a Smash player. I respect the game and the amount of skill needed to get good at it, but I never myself had interest in competing at it, I’m more of a 3D and/or ground footsies game type of guy, and I’ve been to EVO to compete on Street Fighter V, Pokkén and Tekken 7, if that shows what type of games I like.

That being said, before anything else, I’m a human being, and not I only I want to be treated as such, but I want others to be treated like that as well. I had a blast at EVO, despite some complaints overall it was an awesome event for me, and deep down in my heart I wish everyone else could say that. Everyone who was there paid to be at this event, and if anyone feels like it wasn’t a good experience they have ALL right to complain about it, they are consumers after all, and people do this all the time. The only thing that should be into consideration is if the complaints are valid or not.

EVO understands that, they are the biggest fighting game tournament in the world, so of course they know how to run a business. A proof of that is that Ponder acknowledge the issues that happened and came to the Smash 4 community asking for feedback, explicitly saying they want to improve their experience next year. As you can see below:

My concern is not about the standing of the EVO staff about this situation, but rather, about the FGC standing about all this situation. Some of the issues that Smash 4 faced was lack of space, few stations to run up tournaments, and delays that caused the tournament to run until up late even though people needed to play early next day. The FGC was quick to call Smash players crybabies who has no respect, someone even made an article on SRK about it, but I guess you all forget that this has already happened to other games, and that when it happened, you didn’t like to be treated like that and complained as well.

I hate to have to use Final Round as an example for this since they are my favorite fighting game event (I’ve been there 5 times in a row, even though I’m Brazilian), but some of those issues also happened on their event. In 2012 they received more people than they were expecting, and people (including myself) had to play on a crowded ballroom until late at night. I don’t feel that was their fault that year, they weren’t expecting the event to be that big, and on the next year they moved to another venue which was able to accommodate the event pretty well until 2015. I always see both sides of the coins when I’m faced with a problem, and even though that affected me, I completely understood what was going on and at the time I didn’t even complain about it. The rest of the FGC though… they complained a lot and weren’t too happy about it.

Some years have passed, and this year Final Round received a MASSIVE amount of players, especially for Street Fighter V, and once again, the event was bigger than what they were expecting. Because of that there weren’t room for everyone, the event had to deal with some huge delays, basically everything that smash 4 had to deal at EVO. The FGC BASHED the event so badly, that Alex Jebailey complaints even ended up at Destructoid.

https://www.destructoid.com/ceo-gaming-s-alex-jebailey-slams-final-round-19-update–349896.phtml

At the time few people tried to understand the point of view of Final Round, and everyone talked about how bad that was for the community since it was the first major of a lot of people and etc… and I’m pretty much sure the Street Fighter community complained MUCH MORE about it than the Smash 4 community complained about EVO. But guess what? Final Round had more excuses for having this issue because they accept on-site registration (which I’m grateful for because it saved my neck back in 2011 and 2013), EVO on the other hand already knows what to expect attendance wise, so why exactly it is acceptable to complain about Final Round but not about EVO?

Not only that, but when the issue with Final Round happened no one came to the biggest fighting game website in the world and talked crap like how you deserve it because you are not big enough yet to have respect from the community.

http://shoryuken.com/2016/07/28/same-time-next-year-super-smash-bros-for-wii-us-future-at-evo/

Once again, I see both sides of the coin, and my intention is not to blame EVO or Final Round for what happened, I used to be a TO myself and I know how much of a pain it can be. I’m complaining about how hypocritical the FGC is with this attitude of only being OK to complain when it happens to you but not with other people. The Smash 4 community is composed of a lot of relatively new players that one day could be the future of the FGC as a whole, just like Street Fighter V and many other recent fighting games. But acting like that and treating them as trash just for liking Smash instead of Street Fighter is only giving those people a reason to never come back and make the FGC smaller. One day this type of toxic behavior could be our doom, most players are getting older and we don’t have the liberty to mistreat younger players (or any human being, on that regard) like they are nothing. Remember how the FGC was treated back in the “dark ages”? Remember how FGC created a hate for eSports after what happened at that EVO x MLG event for being treated the same way the Smash 4 community was treated at EVO? If this continues like that we could be back to those days, or we could get to a even darker place.

Thank you for reading and I hope this opens up your mind.

Sobre a comunidade de Street Fighter V

Existe algo que já estou com vontade de falar faz um tempo mas meio que me segurava para não dizer, mas agora que to vendo como a comunidade de Smash 4 está sendo tratada mesmo provando ter números e hype eu cansei de ficar quieto.
 
Comunidade de Street Fighter (e, em partes, de Melee): vocês podem ser os grandiosos, vocês podem ser o dito jogo principal de luta, vocês podem ser o jogo com mais prestígio, mais reconhecimento e mais jogadores. Mas não se esqueçam, vocês ainda são uma comunidade, assim como qualquer outra.
 
Desde que Street Fighter IV se tornou um jogo gigantesco em 2009 vocês atacam outras comunidades e tratam as mesmas como lixo. Já fizeram isso com a comunidade anime, já fizeram isso com a comunidade 3D, e agora três dos maiores alvos são as comunidade de Smash 4, Pokkén e Killer Instinct. Vocês podem ser do jogo mais bem sucedido, mas um dia o jogo e a comunidade de vocês não só pode como (se seguir desse jeito) IRÁ decair, vocês tratam os outros jogos de uma forma que definitivamente não gostariam de ser tratados, chamando os mesmos de side games, tirando o mérito de top players e de partidas de nível, dando pouco tempo de stream ou de telão em torneios, e chamando tanto os jogos em si como suas comunidade de lixo ou que não são jogos de luta.
 
Ninguém gosta de ser tratado assim, nem vocês mesmos, ou já se esqueceram da era negra entre 2002 e 2008 que não saia nenhum jogo de luta novo da Capcom e ninguém ligava para vocês? Já se esqueceram também da EVO 2005, aonde a mesma fez parceria com a MLG para rodarem os dois eventos juntos e a EVO foi tratada de maneira tão ruim quanto a comunidade de Smash 4 foi esse ano? Tanto que agora os eSports são os inimigozinhos da EVO e da FGC né, existe todo esse papo de como jogo de luta não é eSport e que os eventos de eSports estão errados de serem do jeito que são. Mas quando é no umbigo do outro, não só é ok serem tratados assim, como quem reclama é visto como chorão.
 
Essa arrogância de vocês já é algo que está deteriorando numa velocidade absurda a comunidade do Brasil, e se continuar assim poderá afetar a comunidade norte americana também. Se botem no lugar de vocês, abaixem essa cabeça ae e aprendem a ser humildes, pois o que vocês tem hoje pode não durar para sempre.

Relato da minha viagem até o EVO 2016.

 

Olá pessoal, aqui é o Blue Link. Estou fazendo esse artigo para falar um pouco sobre como foi minha viagem até a EVO 2016, que foi o maior torneio de todos os tempos de jogos de luta do Ocidente. Eu vou estar dividindo esse artigo de forma cronológica, dividindo em dias de viagem. Então tá, vamos começar:

TERÇA-FEIRA: Eu estava indo para Las Vegas com a companhia Delta Air Lines, o Voo de São Paulo para Detroid era num Airbus, mas sinceramente não tem muita diferença entre os aviões na classe econômica. Chegando em Detroid, me deparei com um terminal tão grande que tinha um trêm só para andar por ele, com as estações Centro, Norte e Sul. Procurei um restaurante chamado Popeyes (que na minha opinião faz o melhor frango frito do mundo) e como tinha que esperar 4 horas pelo meu próximo Voo, fiquei apenas usando a internet.

Meu segundo Voo também foi num Airbus, e 4 horas depois de embarcar eu pousei em Las Vegas, num aeroporto que já era conhecido para mim pois fui na EVO em 2012, mas ainda sim é estranho já ver máquinas de casino logo quando desembarca do avião, dentro do próprio aeroporto. Como eu não despachei nenhuma mala (fui com uma nas costas que tinha meu arcade stick, notebook e Wii U, e uma de rodinha bem pequena com as roupas), nem perdi tempo esperando as mesmas e já fui procurar aonde ficava o ponto de ônibus do Aeroporto, já que era mais barato que pegar uma van (paguei 2 dólares no bilhete, ao invés dos 20 dólares da Van). Inclusive, fica aqui a recomendação para quem quiser ir para a EVO no futuro, use um ônibus para ir no hotel, pois já que estamos falando de Las Vegas eles são tão luxuosos quanto um Shuttle e param na frente de diversos hoteis.

O resto do dia foi bem ordinário, tudo que queria saber era ficar no quarto de hotel e relaxar depois das 18 horas de Voo, então não vou entrar em detalhes.

QUARTA-FEIRA: Nesse dia eu já estava mais descansado, e entrei no Discord do PokkénArena (que, para quem não sabe, Pokkén é meu jogo principal no momento) para saber se mais alguém já estava em Las Vegas, e o jogador americano TheAppleBoom tinha acabado de chegar. Convidei ele para vir jogar umas partidas no meu quarto, e ele chegou quando era em torno das 10 ou 11 da manhã, ficamos jogando por uma hora e meia, e depois fomos almoçar, e ficamos discutindo sobre a cena do jogo, o nível dos jogadores e o que esperar da EVO. Quando lhe perguntei quem ele achava que era o melhor jogador do país, ele disse que tinha uns 50 americanos que no momento estão no mesmo nível e que era difícil falar que um era melhor que o outro, e que ele acreditava que os melhores dos EUA estão num nível muito similar ao Japão (o que depois foi comprovado, pois tivemos 4 americanos no Top 8 e o EUA venceu o 5v5 que foi feito contra  o Japão na Anime Suite).

Depois de almoçar, voltamos para o quarto e jogamos por mais umas duas horas e meia, e o placar ficou algo em torno de 16 a 9 para ele. Como eu queria dormir cedo para me preparar para a EVO (eu teria que acordar as 4 da manhã na sexta pois minha primeira Pool era as 8 da manhã), ele resolveu sair do quarto para ir encontrar outros jogadores depois de um tempo, e lhe perguntei o que ele achava do meu nível. “Você está muito perto de ser do mesmo nível dos Tops players americanos, você só precisa conhecer um pouco melhor as Match-ups, e por isso se der te recomendo ler o guia que o Shadowcat fez.”, eu falei que não acreditava que era tão bom assim, e que eu tinha muito a melhorar, e ele me respondeu “Bom, sexta-feira depois da sua Pool a gente conversa de novo, ok?”, eu só disse ok e fiquei pensando em como ele valorizou meu jogo mesmo não sendo americano. Dai a gente se despediu e fiquei lendo um pouco o tal guia antes de dormir.

QUINTA-FEIRA: Dia de pegar a Badge. Acordei cedo e fui até o Las Vegas Convention Center, e la encontrei o brasileiro ONi, que já estava na fila e disse que tinha tentado me avisar pelo Facebook do tamanho dela e para vir logo (detalhe que ainda era meio dia e a fila já tava gigantesca). Bom, entrei no fim da fila e esperei uns 40 minutos (enquanto jogava Tetris do 3DS) para finalmente conseguir pegar minha Badge de competidor da EVO 2016. Depois disso acabei encontrando o Landstalker (outro basileiro) por ae e ficamos conversando um pouco, depois apenas fui para o hotel pois meu objetivo era dormir 8 da noite para acordar 4 da manhã.

SEXTA-FEIRA: Primeiro dia da EVO. Botei um despertador no PC e um no celular, e consegui acordar no horário que queria. Enrolei um pouco na cama, tomei um banho, liguei o Wii U e fiquei praticando um pouco enquanto comia um bolo que comprei no dia anterior de café da manhã. O motivo pelo qual acordei tão cedo era para poder ter certeza que já estaria bem disposto e ativo quando chegasse minha hora de jogar (tanto que comprei umas 5 barras de cereais para comer por lá ao invés de sair procurando almoço durante o torneio, só para poder manter o foco). Quando era la pelas 6 da manhã desci do meu quarto, comprei um Gatorade e uma água, passei no StarBucks para tomar um café (aguado demais…) para ficar bem acordado, peguei um Taxi e fui. Chegando lá a fila para entrar ainda tava pequena, mas como 1936 pessoas faziam parte das Pools da 8 da Manhã aquilo rapidamente ficou pior que uma fila para entrar no Anime Friends. Mas felizmente não era a Yamato que tava organizando o evento e 10 minutos depois de abrir as portas todo mundo já tinha entrado.

Logo quando entrei fui direto para a parte do Tekken, não apenas pelo fato de que minha primeira Pool era nesse jogo, eu queria conversar com o Harada sobre algo (que vou manter em segredo por enquanto) e felizmente tive a oportunidade de ver ele por lá. Depois da conversa, fui para a minha Pool jogar pela primeira vez aquele jogo, e como eu tava jogando de Shaheen (personagem Top Tier fácil de aprender) foi também a minha primeira vez jogando com o meu personagem. Como esse jogo ainda não saiu para consoles, qualquer gota de experiência conta, e os americanos tinham um pouco mais de experiência do que eu pois o jogo já tinha aparecido em diversos torneios por lá.

Meu primeiro oponente foi um jogador de Hwoarang (Kitasu Arano), e antes da partida a gente ficou conversando com ambos falando que não ligavam tanto pelo resultado nesse torneio pois o jogo nem tinha saído ainda. Quando jogamos, a gente até mesmo ficava conversando durante a partida do tipo “wow, você acertou esse combo!”. Mesmo assim, para minha surpresa, consegui vencer de 2 a 0 dele. Meu segundo oponente foi um jogador de Steve, o canadense Missed Inputs. Foi uma luta muito difícil e intensa, com todas as partidas indo até o último round (lembrando que tekken é melhor de 5, ou seja, jogamos 5 rounds por luta), mas no fim ele levou a melhor e perdi por 2 a 1. Mas o que achei legal foi que depois da partida ele me perguntou “quantas vezes você já jogou esse jogo?” e eu disse que nenhuma e ele falou “nossa, mas você tava jogando tão bem de Shaheen, tava até fazendo os Juggles já” e respondi “É, eu treinei vendo vídeo do YouTube, uma vez um americano fez isso no Virtua Fighter e conseguiu se sair bem na EVO em 2012, eu quero ver o quão longe eu consigo ir”.

Depois tive que enfrentar o jogador Six Machine, que usava o personagem Claudio, e vou dizer, é TENSO enfrentar um personagem que você nunca viu na vida durante uma EVO. A luta foi 2 a 1 para ele e perdi (e depois ele avançou até as Losers Finals das Pools mas perdeu lá) e novamente, fui perguntado se já tinha jogado esse jogo alguma vez, não apenas pelo Six Machine, mas pelo juíz da Pool, que depois ficou surpreso e quis saber mais da cena brasileira de Tekken (que por sinal, pode ser pequena mas é sensacional, amo vocês).

Logo depois tive que ir para minha Pool de Street Fighter V, e como já era o esperado, não me sai muito bem. Eu estava desanimado com o jogo por causa do lance dos 8 frames de delay, e nem pratiquei muito, tanto que até resolvi usar a Ibuki ao invés do Ryu ou do Nash no torneio. Perdi para um Zangief na Winners (o Typhon) e durante a Losers peguei um bye e depois perdi para uma Chun-li (o Jed). Durante a partida da Losers meu controle foi desconectado por um DualShock 4 que não tinha sido desligado depois de jogar, e por causa disso tive que dar um round (mas eu provavelmente já ia perder), e achei muito legal a atitude do meu oponente pois o tempo inteiro ele tava pedindo desculpas por ter que tomar o round de mim desse jeito. Eu disse que esse tipo de coisa acontece, e agradeci pela partida.

Depois fui para a minha Pool do Pokkén, e meu primeiro oponente (o Prolixus) não compareceu… o que me deixou um pouco magoado pois é meu jogo principal e queria jogar o máximo de partidas possíveis no torneio. Logo em seguida enfrentei o Bishop, um jogador de Garchomp. Esse personagem não é necessariamente ruim, mas é extremamente técnico e é muito difícil encontrar um jogador bem experiente dele, e isso somado ao match-up ser vantajoso para a Braixen me fizeram ganhar de 2 a 0. Logo depois tive que enfrentar o Gouken Respek, jogador relativamente conhecido em Street Fighter da California. Ele usava Suicune, uma match-up que ao meu ver é 5-5 contra a Braixen. Foi uma luta relativamente difícil, com a primeira partida indo até o último round, e durante o mesmo, algum jogador que jogou antes naquela estação apertou o pause para conectar a outro Wii U e pausou minha partida (sim, sou azarado demais), mas como o jogo roda em Lan apenas meu Wii U pausou, e nisso eu tomei um combo de 50% de vida do Suicune… Eu consegui ganhar a partida, mas avisei ao juíz e ao meu oponente, e no fim ficamos esperando o jogador parar de jogar no outro Wii U, sem penalizar o mesmo. Venci a próxima partida sem perder um round, e depois tive que enfrentar o DIO, um adolescente que jogava de Blaziken. Essa é uma Match-up que treinei muito, pois passei diversas horas jogando contra o Bad Intent (top player americano de Blaziken) online, por causa disso até consegui um perfect e venci pro 2-0 e sai das Pools pela Winners. Demorou uns 20 minutos para cair a ficha, mas é, eu já era Top 128 da EVO 2016 num jogo que nunca joguei contra nenhum brasileiro, apenas contra estrangeiros online (thank you based Harada e seu netcode mito).

Durante o resto do dia fiquei passeando pelo evento, e quando foi lá pelas 6 da tarde fui jogar o torneio de Koihime Enbu, mas como peguei o jogo literalmente 10 dias antes da EVO e só joguei contra o Shadow Bringer tomei um 0-2 tenso e percebi que ainda não entendia nada da minha personagem ou do jogo em si, mas isso também aumentou minha vontade de treinar o mesmo! Depois apenas voltei pro quarto e fui dormir pra acordar 5 da manhã no dia seguinte.

SÁBADO: Acordei no horário que queria, fiz a mesma rotina do dia anterior, e o ONi (que estava no mesmo hotel que eu) ofereceu uma carona até o evento pois ele tinha alugado um carro. Chegamos por volta das 9 da manhã, e fiquei assistindo um pouco do Top 8 de Tekken enquanto esperava minha Pool começar. Quando cheguei lá, encontrei outros jogadores, e tivemos que esperar uns 15 minutos para a Pool começar, e depois deu um rolo pois falaram para nosso juíz que eu ia jogar no stream e depois acabei não jogando e isso me desconcentrou um pouco (não o suficiente para alterar o resultado da partida seguinte, mas pegou um tanto mal por parte da EVO). Meu primeiro oponente era o Tspeeds, jogador de Mewtwo, um dos dois personagens que não queria ter que enfrentar no torneio (o outro era o Pikachu) e eu fiz todas as leituras erradas na primeira partida, e não tava conseguindo “baixar” o estilo de jogo dele. Na partida seguinte eu já tava entendendo melhor seu jogo e quase fiz um comeback, mas não consegui. Nisso um jogador (acredito que amigo do Tspeeds) chegou para mim e disse umas dicas de como enfrentar o Mewtwo, e disse que tinha achado que eu ia virar a partida lá pelo final e para me encorajar ainda falou “chega pelo final da Losers e vence ele!”. Eu fiquei surpreso com o suporte e agradeci, e logo em seguida tive que jogar minha próxima partida.

Daqui em diante eu fui jogando sem parar até ser eliminado, eu jogava uma partida e logo depois tinha que jogar de novo. Meu primeiro oponente pela Losers foi o McDareth, um jogador de Blaziken. Felizmente eu conhecia bem o Match-up, mas mesmo assim e mesmo dando dois Perfects nele a luta foi 2 a 1 e não consegui relaxar até o K.O aparecer no fim do último round, e senti um alívio enorme ao fim da luta. Depois tive que enfrentar o Jstar, jogador de… Machamp, possívelmente a match-up mais desbalanceada do jogo (a favor do meu personagem). Eu venci com muita folga mas fiquei com muita dó dele de ter que pegar essa match-up em um campeonato. Depois tive que enfrentar o jogador Popteen, jogador de Pikachu, que me derrotou de forma convincente por 2 a 0. Minha jornada na EVO acabava aí, mas consegui pegar um Top 64 com isso, e estou muito feliz com meu resultado.

Depois fiquei vendo as partidas da Pool até ela acabar, e para mim o melhor momento da EVO aconteceu nelas. Durante a segunda luta da final da Winners o jogador Uho (que usava Pikachu Libre) conseguiu uma larga vantagem contra o Tspeeds no último round da partida após ter vencido uma partida dele já, e quando viu que o tempo tava acabando ele literalmente parou de jogar e ficou dando Taunt usando as animações das Stances da Libre. Nisso o Tspeeds conseguiu mover ele até o canto e entrar com uma pressão e encaixar 2 combos neles, e quando o Uho viu que ele ia perder ele começou a berrar loucamente em japonês algo do tipo “NAI, NAAAAI” e eu fiquei rindo muito internamente da situação toda, pensando “toma bonzão!”. Na partida seguinte ele jogou a sério e destruiu o Tspeeds, mas mesmo assim parabenizei ele por não deixar barato os Taunts e vencer aquela partida.

Depois fiquei esperando o Top 16 de Pokkén começar, e infelizmente, foi o pior momento da EVO. Não por causa das partidas, pois elas foram umas das melhores coisas que já tinham acontecido, mas sim por causa da comunidade de jogos de luta. O palco da EVO estava dividido em três telões, com Pokkén passando no centro, Street Fighter no da esquerda e Melee no da Direita. A gente literalmente estava tipo um sanduíche entre os 2 jogos, e embora as partidas do Pokkén estavam hype, do lado do Street Fighter ninguém estava parando para assistir, e estavam ocupando uns 40% do espaço, ao mesmo tempo que vibravam por coisas simples como um jab só porque era um americano acertando num japonês (o que é irônico demais já que depois eles berraram “PI~KA~CHU” na partida que o Potentin usou o mesmo contra um americano, eles tavam tão desconcentrados ao Pokkén que nem perceberam que tavam vibrando para o jogador estrangeiro). Do lado do Melee a coisa estava um pouco melhor, mas mesmo assim foi uma situação aonde eu literalmente desejaria ter visto num stream.

Depois fiquei sabendo que foi assim com todos os jogos que tiveram uma final no Sábado, e a EVO já pediu desculpas e que vão tomar providências ano que vem, mas isso deixa evidente que a comunidade de jogos de luta ainda tem muito a crescer e a aprender a deixar o egoísmo de só se importar por um jogo de lado, pois nem o respeito de assistir o nosso Top 8 na boa e com hype da plateia tivemos, e eu tenho CERTEZA que se o mesmo tivesse acontecido num torneio com LoL e Street Fighter a FGC teria ficado brava e reclamado dos jogadores de LoL.

Depois eu me encontrei com uns jogadores de Pokkén para jantar e jogar umas partidas, e fui dormir e me preparar para o grande dia das finais do Mandalay Bay.

DOMINGO: Dessa vez eu acordei mais tarde, eu até queria ter assistido as finais de Mortal Kombat X (mas não as de Marvel), mas tinha acordado muito cedo nos outros 2 dias e usei a manhã desse dia para dormir e relaxar. Cheguei ao meio dia no Mandalay Bay, e me encontrei com uns jogadores de Pokkén e ficamos vendo as finais de Guilty Gear juntos. No meio do Top 8 eu fui dar um oi para o Sarda, mas logo depois voltei para dentro do estágio e fiquei assistindo. Depois veio Melee e Street Fighter V, e posso dizer uma coisa a vocês, é COISA DE OUTRO MUNDO assistir jogo de luta em um estágio assim. Foto, vídeo e texto nenhum consegue expressar como é a sensação, você TÊM que estar lá para sentir, é algo fantástico, e fiquei muito contente de ter ido (até porque foi um momento histórico para a FGC). Se a viagem tivesse sido apenas as finais no Mandalay Bay já teria valido a pena tudo que gastei para ir e todas as horas de voo que tive que viajar para tal, isso foi o quão incrível foi essa experiência.

ENCERRAMENTO: Bom, é isso, o texto ficou longo mas acho que deu para mostrar um pouco de como foi o evento do ponto de vista de um jogador. Estou muito contente com esse Top 64, e muito contente também o suporte de diversos amigos e familiares, em especial da comunidade de Tekken que já faz 3 anos que sempre me apoia em tudo que faço (mesmo não sendo um jogador tão bom do jogo), dos jogadores Coil e Tib pois sem eles eu com certeza não saberia o quanto que sei de jogo de luta, e dos meus pais. Entretanto, gostaria de deixar umas palavrinhas para duas pessoas que eu tinha uma certa consideração e que esse semestre falaram um monte de besteira para mim, e agora é a vez delas de ouvirem (não irei falar o nome completo deles pois assim só quem me conhece sabe de quem to falando):

Ao Thomas, que diversas vezes me chamou de doente e diversos outros palavrões por eu gostar de Pokkén e querer que a comunidade do Brasil perceba que o jogo tem qualidade e potêncial. Eu só digo o seguinte, eu não ligava para sua opinião de derrotado pois eu já sabia de algo, Paixão SEMPRE vai vencer de Ódio. Não importa o quanto você desvalorize a mim como jogador ou ao meu jogo, a força de vontade de alguém que verdadeiramente ama o que faz fala mais alto (tanto que dos 4 brasileiros que avançaram das Pools na EVO esse ano três foram em jogos com comunidades menores ou desvalorizadas no Brasil, aonde a maioria dos jogadores jogam por realmente amar o jogo), e estou aqui para te provar que mesmo sem nunca ter jogado contra um brasileiro no Pokkén, consegui um Top 64 no maior torneio até o momento do jogo. Por isso, se quiser ser um Troll e Hater de internet fique a vontade, isso nunca vai te levar a lugar nenhum na vida, mas quem estará perdendo com isso será apenas você!

Ao Eduardo, que após eu pedir uma ajuda para criar mais conteúdo me xingou de diversas coisas, disse que eu não sabia tanto quanto eu imagino e ainda enfiou minha mãe no meio da conversa. Talvez eu realmente não saiba o quanto eu acredito saber, mas eu sei de uma coisa: o meu conhecimento, dedicação, esforço e suor foram o suficiente para conseguir um Top 64 na EVO num jogo que só existe fazem 4 meses, e isso é algo que você (ou a “metade da comunidade que ri da minha cara pela minha frente e a outra metade que ri por trás”, como você me disse) jamais poderá negar e tirar de mim. Além disso, o pouco que sei eu compartilho com a comunidade e tento melhorar a vida de diversos brasileiros que tentam aprender jogos de luta, por meio de artigos escritos e tutoriais em vídeo. O que VOCÊ já ensinou ou tentou ensinar para a comunidade? Ou melhor, o que VOCÊ já fez por ela, para querer falar algo de mim?

A esses dois (e a diversas pessoas que duvidam tanto de brasileiros e que tentam de tudo para desmerecer o trabalho de muita gente esforçada que existe nesse país) eu digo: o tempo sempre mostra quem está certo.

Obrigado por lerem até aqui, e até a próxima.

Análise sem spoilers do modo história de Street Fighter V

Street Fighter V foi atualizado hoje com o modo história, e após baixar os 16 Gigabytes necessários para assistir ele (8 de um update obrigatório e 7.4 do DLC free do modo história) eu fui direto jogá-lo, mesmo com o servidor offline e sem poder ganhar Fight Money por isso.

E após 3 horas seguidas de cutscenes e batalhas, posso dizer que estou muito satisfeito com esse modo. Embora o estilo que usaram não seja nada novo (BlazBlue, Mortal Kombat, Dead or Alive 5 já tinham usado um estilo de modo história extremamente similar) o mesmo foi muito bem executado se você desconsiderar algumas mudanças meio inusitadas de cenas, dando a impressão de que ia ter uma luta para logo depois mudar para outra situação completamente diferente com outros personagens. Alias, uma das coisas que não gostei foi exatamente ainda ter que lutar em story mode de jogos de luta, simplesmente acho tedioso enfrentar a CPU e adoraria se todos os jogos seguissem o padrão do Guilty Gear (que você apenas senta e assiste como se fosse um filme), sem contar que você era obrigado a usar o personagem que ia ganhar a luta, e isso gerava confusão sobre quem eu estava controlando na tela e um pouco de raiva de ter que usar os vilões numa situação que foi feita para você sentir raiva deles. Mesmo assim tenho que elogiar os personagens NPC que você é obrigado a enfrentar pelo caminho, com a quantidade de golpes novos que criaram para eles dava para montar um personagem completamente novo.

Agora falando da história em si, ela é muito bem feita e completa. Com exceção de um certo personagem que achei que foi muito pouco aproveitado (especialmente pelo fato de que tudo dava a entender que ele seria muito importante para o enredo) todos os personagens foram muito bem trabalhados, tendo atuações bem específicas para a história e com personalidades que realmente fazem sentido para eles. Além disso, a história cumpre muito bem seu dever de ser uma ponte entre Street Fighter 2/4 e Street Fighter 3, não era algo forçado que parecia que foi criado depois só para unir o enredo da franquia, realmente teve uma transição boa entre o universo que existe na saga Shadowloo e o universo que existe na saga Illuminati. Isso tudo aliado ao fato de que a história parecia muito um anime/filme de ação criado na década de 90 tornaram a experiência muito agradável.

Entretanto, ainda tenho que reclamar sobre o fato de que uma personagem foi representada como sendo muito mais fraca do que você imaginaria ser (especialmente pelo fato de que ela volta e meia é top 1, hue) e que teve alguns personagens que abusaram demais do “plot armor” (termo usado para quando um personagem só ganha/sobrevive na história porque ele é importante), a um ponto que era impossível de acreditar que aquilo tinha mesmo acontecido.

Meu veredito final: embora tenha diversos defeitos, é um story mode muito bem feito e divertido. Se você quiser um bom enredo que te prenda por 3 horas é uma boa pedida.

Análise sobre alguns tipos de jogadores

O famoso jogador de Blazblue Minami Noel (https://twitter.com/MINAMI_NOEL) fez alguns tweets recentemente sobre as tendências em jogadores que tem dificuldade em melhorar em jogos de luta e as tendências em jogadores que tenham facilidade em melhorar. A tradução para o inglês (por Satsuasdfg) e português (por Asura) se encontram abaixo:

http://forum.counterhit.com.br/topic/2935-teoria-de-como-melhorar-em-jogos-de-luta-por-machaboo-e-minami/

É difícil não conseguir se identificar com nenhuma tendência de jogadores que tenham dificuldade em melhorar, eu mesmo consigo claramente ver em mim 3 delas (gostar de wakarangoroshi/newbie kill tactic, ter excesso de confiança nas minhas leituras e até certo ponto, pouca paciência). Com isso dito, essa lista deixa evidente um certo padrão. Repare nas seguintes tendências:

Tendências de jogadores com dificuldade:
-Cabeça-dura/Mente fechada
-Fazem as mesmas coisas repentinamente
-Muito orgulhosos
-Mais obcecados em vencer do que aprender com as partidas
-Priorizam vencer ao invés de aprender
-Campo de visão estreito

Tendências de jogadores que melhoram rapidamente:
-Têm mente aberta
-Pensam de forma flexível
-Sempre tentam novas coisas
-Treinam aos poucos e sem pressa
-Não se importam em perder
-Focam mais no que transcorre durante a luta do que o resultado
-Gostam muito do jogo
-Têm interesse em outros personagens e nas lutas de outros jogadores

As características do primeiro grupo são muito observadas em pessoas que se focam em apenas um jogo ou tipo de jogo, e que não dão muito valor a todos os jogos de luta. Tanto que frases como “Não curto side-step/air-dash” (mente fechada e campo de visão estreito), “Não quero jogar jogo X pois já tem uma cena fixa e o pessoal lá é muito bom/quero ganhar e não tenho tempo para mais de um jogo” (orgulho, obsecado em vencer, prioriza vencer ao invés de aprender) são comumente ouvidas por pessoas assim.

Já as características do segundo grupo são comumente encontradas em pessoas que testam diversos jogos de luta diferente, pois elas são mente aberta de testar novas coisas, são flexíveis para aprender match-ups e personagens novos uma vez a cada lançamento de jogo, sempre estão tentando coisas novas, treinam sem se preocupar demais se vão ficar bom logo no jogo, se importam muito mais em avaliar a qualidade do jogo e o que ocorre nas partidas do que se elas ganharam ou não, e principalmente, gostam muito do jogo e do gênero jogos de luta no geral.

As pessoas tem que entender que jogar um novo jogo não significa que você precisa ficar ultra bom nele, mas sim que o que conta é a experiência, a diversão e o aprendizado que você carrega por ter conhecido coisas novas. Uma pessoa que está sempre aprendendo match-ups e mecânicas novas certamente terá mais facilidade de se adaptar do que uma pessoa focada em apenas um jogo, isso devia ser senso comum. Dengeki Bunko Fighting Climax por exemplo nunca foi um main game meu ou um jogo que eu quisesse ser ultra bom, mas isso não me impediu de participar de diversos torneios e me divertir muito com ele (e ainda conseguir pegar um top 3 no Final Round 18 e top 8 no Heaven or Hell 2015).

Muitas pessoas também falam que para ser o melhor você precisa se focar em apenas um jogo, apenas uma coisa. Se é assim, então como Sonic Fox, Tokido, Fuudo, NYChrisG, Infiltration e diversos outros conseguem se sair bem em tantos jogos diferentes? O argumento de serem patrocinados não vale tanto pois Sonic Fox e Fuudo já eram tops antes mesmo de conseguirem patrocinador.

Eles não jogam diversos jogos por serem bons jogadores, mas na verdade, são bons jogadores pois jogam diversos jogos.

Uma falácia comumente feita por jogadores de jogos de luta

Andei refletindo ultimamente, e percebi que existe uma falácia muito comum entre jogadores de jogos de luta, e que praticamente todo mundo que conheço (eu incluso) já cometeu ao menos uma vez na vida ou comete freqüentemente sem perceber. É uma falácia extremamente nociva e perigosa, que eu vejo acontecendo em todas as comunidades, mas que por algum motivo nas comunidades de Street Fighter e King of Fighters as discussões sempre terminam com ela.

A falácia é a de que se alguém reclama de um jogo ou discorda de algo nele, essa pessoa é ruim e/ou não sabe jogar o suficiente.

Esse é um erro grave (e que eu admito, já cometi muito no passado) por diversos motivos. Para começar, habilidade como jogador e habilidade como game designer são duas coisas COMPLETAMENTE diferentes, para você ser um bom jogador tudo o que você precisa fazer é aprender como as mecânicas daquele jogo funcionam e treinar/jogar o suficiente para o seu cérebro absorver as informações do jogo e conseguir fazer as melhores jogadas possíveis sempre que der, você não precisa entender todo o conceito do porque aquela jogada funciona ou o que ela significa para o jogo num todo competitivamente, você apenas tem que saber que ela funciona e quando usar ela.

Já para ser um bom game designer (e por conta disso entender o que faz um jogo ser bom ou ruim) você precisa ter conhecimento de muitas coisas que não estão necessariamente conectadas ao ato de jogar jogo, você tem que ter conhecimento sobre balanceamento, design de personagens, design de golpes, fator risco e recompensa, etc… e isso são coisas que dá para aprender sem jogar um jogo, e quando você pega um novo jogo para jogar se você já tem um conhecimento prévio disso você já vai ter um senso crítico mais apurado e se perguntar se o jogo é bem feito/c0nstruído competitivamente, e é ISSO que geralmente é debatido quando alguém reclama de um jogo.

Você não precisa ser o Daigo Umehara para notar que um golpe de 3 frames que é +3 on block e leva para um combo de 60% de dano sem gastar barra é um golpe extremamente forte e que tem baixo risco e alta recompensa, e você também não precisa saber usar com eficiência ele num jogo para reparar nisso e que muitas das jogadas do jogo vão girar em torno de usar esse golpe. E é aí que está a diferença, você ser um ótimo jogador não vai te fazer um ótimo game designer, na verdade, diversos top players são péssimos game designers, o que agrava mais ainda essas discussões pois como eles são bons no jogo, as pessoas valorizam demais a opinião deles.

Irei dar dois grandes exemplos disso. O primeiro é quando um jogador casual ou novato pega um jogo 2D e depois de algumas horas jogando reclama que o jogo “é só soltar magia”. A comunidade chega rapidamente e fala que a pessoa não sabe de nada e devia aprender a jogar, mas será que ela REALMENTE não sabe de nada? Se uma pessoa nunca jogou um jogo de luta na vida e ela quer testar um, ela provavelmente está buscando algo similar ao que ela conhece por luta na vida real, ou seja, um combate um contra um de média a curta distância de pokes e leitura. Magias não quebram um jogo de luta e muitas vezes são bem balanceadas, mas no ponto de vista de game design a pessoa que é uma péssima jogadora de jogos de luta está CORRETA em afirmar que ficar apenas soltando magia não é necessariamente lutar, pois foge do conceito existente na vida real, e esse é um dos motivos pelo quais diversos jogos tentam adicionar mais opções para o jogador lidar com magias, para tentar fazer o jogo ficar mais perto de um conceito do que é lutar. Ou seja, nesse ponto o tal jogador “que não entende nada de Street Fighter e não sabe lidar com Hadouken” em até certo ponto está certo, enquanto os sábios que manjam toda a frame data, espaçamento e combos estão errados.

Um outro grande exemplo são as reclamações constantes sobre The King of Fighters XIII. Em diversos grupos de Facebook se você for jogador de um KoF das antigas você não pode nem ao menos pensar em comentar algo negativo desse jogo que já vão te chamar de viúva, quando na verdade essas “viúvas” tem argumentos MUITO válidos para detestar o jogo, que sempre são ignorados pelos jogadores do mesmo, que só falam “git gud” ou coisas similares. A maior reclamação sobre KoFXIII é o dano dos combos, aonde muitas vezes você ter 5% de vida ou 90% n faz diferença, pois ambos estão a um combo de ganhar. Isso é uma decisão PÉSSIMA de game design, pois faz com que diversos golpes do jogo tenham um risco baixo ou mediano para uma recompensa excelente, diminuindo muito os mind games do jogo, a recompensa do jogador que deu mais hits bem calculados (pois apenas um j.C random já vai dar o mesmo dano) e aumentando DEMAIS o risco de coisas que deviam ser bons hábitos arriscar (como anti aéreos, pois desse jeito qual motivo você vai ter de arriscar um anti aéreo conta um hop se você vai dar 20% de dano enquanto o cara daria 90%?). Não só isso, como também faz o jogo ser extremamente focado em combos que devem ser praticados constantemente para sairem com precisão em partidas, o que também é uma péssima escolha de game design pois vai contra os conceitos de simplicidade que um programa de computador deve ter. Então nesse caso, novamente, os jogadores que são vistos como “ruins” estão certos, e os bons jogadores do jogo estão errados.

O grande problema disso tudo é que faz com que a cena seja cega aos seus próprios problemas, e não faça as pessoas perceberem o motivo pelo qual muita gente ou está perdendo interesse em jogos de luta ou não consegue ter interesse para começar a jogar.

Enquanto habilidade no jogo for mais importante do que conhecimento de game design na hora de definir quem tem a razão em discussões dentro da FGC jogos de luta vão continuar sendo de nicho.

Obrigado por ter lido!

Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades

“Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades.”

Essa é uma frase que se tornou famosa com filmes com os filmes de Spider Man do começo do milênio. No filme, o personagem principal acidentalmente ganhou super poderes, e com isso, criou responsabilidades que no começo ele não percebeu que tinha.

Acredito que na vida real seja assim também, quando começamos a melhorar em algo e ficar bom começamos a criar responsabilidades que muitas vezes não percebemos. Quando uma pessoa evolui em algum ramo da vida (seja ele escola, faculdade, emprego, jogos de luta, hobbies em geral, etc…) ela começa a atrair atenção de outras pessoas, mesmo quando ainda seu conhecimento é bem mediano. Essas pessoas começam a se insipirar em você, e te usar como referência ou guia, e você passa a ter responsabilidades sobre suas atitudes, a forma como você age, pensa e transmite suas emoções e conhecimentos passam a ser muito importantes (talvez não pro mundo inteiro, mas pra um grupo seleto de pessoas). Por isso, acredito que começamos a ter o dever de agir de forma que possamos cumprir nossas responsabilidades.

Ser receptivo e educado com pessoas que possuem menos conhecimento que você, não entrar em raiva fácilmente, respeitar aos teus colegas de mesmo ou superior conhecimento e responsabilidade, e no fim, criar um ambiente saudável para todos passam a ser (ao menos no meu ponto de vista) responsabilidades que criamos quando a gente se torna forte ou sábio. No caso de jogos de luta, acredito que isso significa que se você for mediano para cima em algum jogo, você vai ter as responsabilidades de criar um ambiente agradável para novatos e jogadores no geral, de compartilhar seu conhecimento com outras pessoas e não guardar para si, e de servir de inspiração na sua forma de jogar e no seu comportamento em eventos para outras pessoas. Eu não digo que alguém consiga fazer isso a todo momento, todos somos humanos e todos erramos (inclusive eu, e eu erro MUITO), mas sempre que errarmos temos que nos policiar pra aceitar o erro e tentar achar formas de corrigir ele. Por isso, da próxima vez que você for conversar com alguém sobre um assunto ou for a algum evento, pense um pouquinho sobre o que você pode representar para outras pessoas antes de tomar suas atitudes.

Ah, um adendo, as vezes essas responsabilidades podem vir de uma “hierárquia” que pode parecer não ter valor nenhum, como simplesmente ser um parente mais velho (como irmão, primo, tio/a, pai/mãe, etc…) ou por ser um criador de conteúdo na internet (fama é uma forma de status, mesmo sendo pouca e mesmo conseguindo ela sem ter tido tal intenção).

Espero que todos possamos continuar fazendo a comunidade de jogos de luta continuar crescendo cada vez mais e mais.