Um pouco sobre a minha história como jogador competitivo

Esse post originalmente seria sobre o que penso do Design de jogos 2D e 3D, mas estava ficando um tanto longo e provavelmente cansativo de ler em uma tacada só, então nessa parte vou falar primeiro da minha história como jogador de jogos de luta, e depois no próximo falo desse assunto. Apenas avisando que esse post vai conter muita opinião pessoal minha, que pode diferir de sua própria opinião.

Bom, vou começar falando um pouco sobre minha “carreira” em jogos de luta. Eu conheci o lado competitivo dos mesmos em 2009 com Street Fighter 4, e nessa mesma época estava saindo BlazBlue Calamity Trigger, que na minha mente de adolescente de 17 anos parecia um jogo muito mais atrativo simplesmente porque eu adorava demais anime na época. Mas eu não tinha um PS3, então não comecei a treinar de imediato e deixei isso para 2010, pois iria fazer um intercâmbio no Japão de Janeiro a Março daquele ano. Estando lá, eu não conhecia NADA sobre a cena de arcade, então como eu não sabia aonde ir pra treinar eu acabava indo na opção mais conhecida, Akihabara, que por sinal é aonde alguns deuses se encontram pra jogar, e eu era um ignorante na época que não sabia disso… pois é, meus primeiros 3 meses foram tristes, minha mãe até hoje acha que a comida do Japão é muito mais cara que a do Brasil (sendo que na verdade é exatamente o oposto haha) de tanto de ficha que gastei por lá.

Eu treinava Street Fighter 4, BlazBlue e um pouco de 3rd Strike na época (que acabou resultando numa história aonde fui carregado pelo K.O num torneio de times sem nem saber que era o K.O o cabeça do meu time lol), e nem tocava muito em outros jogos, ou seja, meu começo em jogos de luta foi em jogos 2D, e continuou sendo puramente 2D por um bom tempo. Entretanto, eu acabei pegando gosto por Virtua Fighter nos meus últimos dias no Japão, mas tive que esperar até 2012 (lançamento do Final Showdown) para poder treinar ele mais a sério.

BlazBlue_Logo
Minha franquia favorita durante muitos anos.

Depois que voltei do Japão, resolvi desistir do Street Fighter 4 porque não tinha gostado do jogo e fiquei treinando 3rd Strike no GGPO até ter a chance de comprar um PlayStation 3. A partir de então eu testei muito jogo diferente competitivamente: Street Fighter 2, Guilty Gear XX Accent Core, Arcana Heart 3, Melty Blood, Marvel vs. Capcom 3… mas sempre tendo o BlazBlue como meu jogo principal, e foi assim até 2012, que foi quando os jogos novos 3D começaram a sair, e eu queria conhecer melhor essa parte de jogos de luta também. Foi mais ou menos também nessa época que comecei a estudar mais a fundo Game Design, e comecei a procurar entender melhor como se constrói um jogo. Em 2012 eu ainda era um jogador quase que puramente de jogos 2D (eu jogava Soul Calibur V e Virtua Fighter 5 Final Showdown mas não entendia quase nada dos jogos, e era bem ruinzinho neles) e peguei na época a hype do Melty Blood Actress Again, BlazBlue Continuum Shift Extend, e por fim, do Persona 4 Arena (que foi o jogo que alavancou a cena de anime). Foi só em 2013 com o lançamento da wiki de Virtua Fighter 5 no site VFDC que acreditei que tinha uma chance de tornar melhor naquele jogo, e que comecei a praticar mais esses jogos.

Yeah… eu era um fucking desastre em Virtua Fighter na época X_X

E conforme fui jogando e aprendendo… eu fui percebendo que esses jogos eram bons também! E que tinham muita profundidade também. E como eles exigem um conhecimento muito profundo de frame data (e no caso de Virtua Fighter, uma quantia considerável de psicologia) pra jogar até mesmo em médio nível eu aprendi bastante de game design sobre esses jogos. E como qualquer pessoa que está na hype por algo, tentei convencer outros de darem uma chance, e tudo que recebi foi críticas e pessoas falando que não gostavam sem nem ao menos testar. Não foi uma fase muito… elegante da minha vida como jogador de jogos de luta, mas posso dizer que aprendi muito com isso, então tanto faz. Isso foi na mesma época que um jogo chamado Super Smash Bros. Melee que eu jogava muito na adolescência começou a fazer sucesso, e eu SEMPRE odiei a visão da comunidade competitiva dele, então isso deixou um gosto meio… amargo na minha boca.

Super_Smash_Bros_Melee_logo
Também conhecido como “a prova viva de que a comunidade atual de jogos de luta não liga pra game design competitivo”.

Eventualmente, acabei achando o design dos jogos 3D atuais superior, e desistindo meio que de vez de jogos 2D atuais, tendo como meu jogo 2D favorito o 3rd Strike (só que mesmo com isso eu peguei nono lugar em Persona e BlazBlue no Heaven or Hell 2013, décimo terceiro em 3rd Strike e segundo lugar no Arcana Heart 3, e quase joguei o Nikki pra fora do camp de BlazBlue, heh, isso em jogos que eu tava a meses sem vontade de treinar).

Uma partida minha de BlazBlue na época. Os nomes no video estão invertidos, eu era a /\-11.

Em 2014 eu voltei a treinar 3rd Strike porque um pessoal tava jogando ele no Friday Night Farofa, e lá tive a oportunidade de jogar e aprender Capcom vs. SNK 2, que pra mim hoje é um dos clássicos de jogos de luta, e passei um bom tempo treinando esses 2 jogos juntamente com os jogos 3D, e eles não perdem em nada para seus parceiros de 3 dimensões. Nesse ano eu também acabei ganhando um “major” de DiveKick e o torneio de Soul Calibur V da Madcatz que teve no BGS, então foi um ano bem divertido pra mim!

Final do DiveKick no Revox 3.0, na época nem acreditei direito que tinha ganho.

Bom, essa é a minha história. Eu quis falar tudo isso para mostrar que eu nunca fui uma pessoa de jogar apenas um jogo, e que eu tenho bagagem pra ter uma opinião relativamente sólida sobre o design de vários jogos de luta. No próximo post, irei falar sobre o game design de jogos 2D vs o game design de jogos 3D, tanto do passado quanto do presente.

Até lá, keep fighting, like gentleman!

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